Este site tem como objetivo mostrar nossa filosofia de manejo de doenças que podem necessitar de tratamento neurocirúrgico. Cada paciente é único, com uma história de vida única. Sintomas que podem ser devastadores para uma pessoa podem não ser para outra. Entender a natureza dos sintomas causados, por exemplo, por um tumor cerebral, o tipo de tumor e a região onde ele se encontra, bem como todas as alternativas de tratamento disponíveis à luz da ciência médica atual, tem grande potencial para que a doença seja manejada com sucesso. A experiência da equipe cirúrgica potencializa o sucesso do tratamento das doenças neurocirúrgicas. Sucesso no tratamento pode significar a cura, a melhora dos sintomas, a prevenção de sequelas neurológicas, ou mesmo a mudança da história natural de determinada doença.

Seguindo a máxima hipocrática “Primun non nocere” (Primeiro, não prejudicar), muitas vezes o melhor tratamento é apenas o acompanhamento de determinada doença, sem propor cirurgia em um primeiro momento. Isso é especialmente verdadeiro para aquelas doenças cujos estudos demonstram uma história natural benigna. História natural significa “o que ocorrerá comigo como paciente caso não seja realizada cirurgia ou qualquer outro tratamento”. Outras vezes, uma cirurgia minimamente invasiva é realizada somente para aliviar os sintomas do paciente. O principal objetivo de um procedimento neurocirúrgico deve ser, em nossa concepção, o paciente despertar da anestesia no mínimo como entrou para a sala de cirurgia. O segundo objetivo é tentar a cura cirúrgica de sua doença, mas jamais às custas de uma sequela neurológica.

Muito conhecimento foi agregado nas últimas décadas ao campo da neurocirurgia. Para algumas doenças neurocirúrgicas mais complexas, o treinamento em laboratório de microcirurgia pelo neurocirurgião tem o potencial de fornecer uma visão tridimensional durante o manuseio das estruturas cerebrais. A monitorização neurofisiológica intraoperatória tem o potencial de avaliar e alertar em tempo real (durante a cirurgia) a equipe médica sobre possíveis sequelas ou déficits e, nesses casos, levar a uma mudança de estratégia cirúrgica. Equipamentos cirúrgicos como microscópios de última geração, aspirador ultrassônico e neuronavegador têm auxiliado cada vez mais no tratamento neurocirúrgico de algumas doenças. Desta forma, a estrutura hospitalar onde uma neurocirurgia é realizada deve ser de excelência.

Finalmente, algumas doenças, como por exemplo gliomas localizados nas áreas cerebrais que controlam a linguagem ou os movimentos do corpo, necessitam que seja realizada cirurgia com o paciente acordado para minimizar o risco de sequelas. Somos um dos grupos pioneiros deste tipo de procedimento e ajudamos até o momento um grande número de pacientes. Nossa equipe tem grande experiência, principalmente no manejo dos diferentes tipos de tumores cerebrais e da base do crânio, tais como gliomas, meningeomas, adenomas de hipófise, neurinomas do acústico e cordomas, já tendo operado mais de mil pacientes com estas doenças. Somado a isso, já tratamos centenas de pacientes com aneurismas cerebrais e realizamos dezenas de tratamentos cirúrgicos da epilepsia.

Atuamos de forma multidisciplinar, sempre buscando propor o tratamento mais adequado para determinado paciente, o qual muitas vezes pode não ser uma cirurgia, mas antes radiocirurgia, radioterapia, quimioterapia, embolização de aneurisma cerebral ou simplesmente um programa de reabilitação para dores na coluna. Buscamos oferecer o melhor tratamento à luz da ciência médica para cada paciente, respeitando sempre a decisão e o contexto nos quais o paciente se encontra. Ressaltando mais uma vez que, em muitos casos, a cirurgia não é o melhor tratamento. Porém, quando necessária, deve ser realizada de forma detalhada, impecável e em centro de excelência em neurocirurgia.